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Privatizar o abastecimento de água em Rio Branco é a solução

18/05/2025

Em um raciocínio simples, após acompanhar o serviço público de abastecimento de água em Rio Branco que saiu da municipalização (Saerb) para a estadualização (Sanacre e Depasa) e depois de volta ao município (Saerb), a conclusão é mais que óbvia: o Rio Acre não tem culpa.

Com oferta de água durante todo ano, com elevações nas cheias e algumas alagações no período de dezembro a abril e secas, às vezes extremas, de julho a setembro, o Rio Acre oferta água suficiente e de maneira regular para atender, com boa segurança, a demanda por água na capital do Acre.

Sendo assim, qual a razão para a recorrente falta de abastecimento?

Uma imagem circulada em fevereiro de 2025, bem recente, da bomba de uma das duas Estações de Tratamento, ou ETA, sendo levada pela vazão de cheia do rio até o centro da cidade, fornece uma ideia bem aproximada do amadorismo da gestão estatal desse serviço.

Ao assumir a administração municipal o atual gestor afirmou, em tudo que é canto, que a oferta de água tratada em Rio Branco deveria ser municipalizada posto que o Depasa, e seus gestores estaduais, teria comprovada incompetência para gerir esse serviço público.

Afirmaram os gestores do Saerb, que o município teria condições de captar e tratar a água do Rio Acre, com maior eficiência que os seus congêneres nomeados pelo, novamente incompetente, governo estadual.

Muitos concordaram diante da enxurrada de fatos, com perdão do trocadilho, que comprovavam a incompetência do governo estadual após quatro anos trocando a diretoria do Depasa, em média a cada seis meses, sem qualquer resultado animador na gestão do serviço público de tratamento de água.

Entretanto nada disso aconteceu.

A propalada gritaria sobre uma suposta eficiência gerencial da prefeitura da capital na oferta de água ficou na suposição mesmo, com sucessivas trocas de gestores no Saerb e a usual crise de abastecimento.

O rio-branquense e consumidor do serviço público considerado essencial por entregar agua potável, tratada com segurança, na residência das pessoas não pode se acostumar com um serviço precário que parece não ter solução. Mas tem!

Desde que o Depasa firmou contrato com o BNDES para modelar a privatização do serviço de água e esgoto no Acre, se tornou público que a elevada viabilidade financeira do serviço prestado em Rio Branco ajudaria a privatizar o serviço no interior, onde o balanço financeiro nem sempre é positivo.

Significa o seguinte. O lucro do Saerb com as contas pagas pelo consumidor do serviço de abastecimento de água e tratamento de esgoto em Rio Branco é tão elevado que pode bancar o eventual prejuízo nas contas em Manuel Urbano, por exemplo.

Resumindo, existe oferta de água pelo Rio Acre e de dinheiro pela população de Rio Branco. Se há falta de água, falta competência ao gestor estadual e municipal.  

Finalmente, BR364 foi privatizada em Rondônia

11/05/2025

Uma quantidade absurda e inaceitável de acidentes decorrentes da péssima conservação da BR364 forçariam a privatização se o objetivo final fosse somente o fim dos buracos.

Claro que o resultado da privatização do trecho entre Porto Velho e Vilhena será bem maior.

Acontece que o pedágio e os serviços de manutenção da via representam um novo setor econômico no já elevado PIB de Rondônia com a contratação de trabalhadores e a distribuição inevitável de renda e dividendos para a população.

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Hidrelétrica na Amazônia deve ser prioridade na COP30

04/05/2025

Além da manutenção de um estoque considerável de água no local, as hidrelétricas se revertem em alternativa econômica de elevada capilaridade junto a população, pelo uso econômico do lago.

Quem pode desconsiderar o significado, para um bioma que depende de umidade relativa elevada como a Amazônia, de um reservatório de água que pode contribuir para reduzir o período de seca e, o melhor, limitar o impacto das usuais e nefastas queimadas e até dos bem raros incêndios florestais?

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Metrópoles verticalizadas contribuem para reduzir temperatura do planeta

27/04/2025

O planeta depende das metrópoles, que ao contrário do que pensam os preservacionistas, quanto maior melhor para reduzir o impacto das mudanças no clima e para a sustentabilidade ambiental, por concentrar em um mesmo espaço o máximo de gente e a enorme estrutura de concreto e asfalto que todos demandam.

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Desmatamento zero: o jeito mais barato para reduzir o calor no mundo

20/04/2025

Essa conclusão não saiu da cabeça de algum ambientalista preservacionista ortodoxo ou da tese do próprio autor desse artigo que afirma nesse espaço, desde o final da década de 1990 do século passado, algo parecido, mas de José Alexandre Scheinkman, um dos nossos economistas de maior prestígio mundo afora, que afirma o seguinte:

“A moral da história é o seguinte: ainda que seja crucial reduzir as emissões de CO2, parar de desmatar e reflorestar é um caminho mais rápido, mais barato e mais viável de evitar o aquecimento global. Nisso, a preservação e a restauração da Amazônia brasileira é fundamental para o mundo”.

Mais claro impossível.

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Se for de carro, pule Mato Grosso

14/04/2025

Veículo de passeio costuma ser perigosa exceção entre milhares de caminhões carregados de soja e alguns outros produtos do nosso competitivo e reconhecido agronegócio destinados à exportação e que geram quase a metade da riqueza, ou PIB, nacional.

Os caminhões, com dois vagões e mais de 25 metros de comprimento, realizam o percurso que vai da área de cultivo de grãos aos portos de embarque em Porto Velho ou no litoral do sudeste.

Rodam em média a 80 Km/h representando um desafio constante ao motorista do carro que roda a 110 Km/h para serem ultrapassados em uma malha viária com excesso absurdo de faixa contínua e que, ao mesmo tempo, não possui terceira faixa de ultrapassagem.

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COP30 e o Cluster Florestal da Amazônia

13/04/2025

Na COP30 a vocação florestal da Amazônia deveria dominar a agenda do debate político de modo a questionar o fracassado modelo de desenvolvimento baseado na pecuária extensiva e propor algo novo, que aproxime a Amazônia do desmatamento zero.

Afinal, em uma rápida síntese, a ideia força pode ser descrita mais ou menos assim: se todas as propriedades rurais desse gigante país criam gado solto no pasto, não será ofertando o mesmo gado que a Amazônia atrairá investimento privado.

Por outro lado, uma vez que os produtos florestais são monopólio regional, como bem comprova os ciclos econômicos de maior riqueza na história da Amazônia, a biodiversidade florestal se mostra imprescindível para conquista de vantagem competitiva frente a outras regiões.

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Janeiro de 2025 foi o mais quente da história humana na Terra

06/04/2025

Afinal de contas mantida a sequencia de meses mais quentes, o que por sinal fez de 2024 o ano em que a humanidade foi exposta a maior quantidade de calor de sua história, não há dúvida: no final de 2025, a COP30 vai acontecer em uma bolha de ar condicionado, sem vislumbrar alguma saída para o ar livre.

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COP30 discutirá formação do Cluster do Ecossistema na Amazônia

30/03/2025

Na COP30 o desmatamento zero será defendido por 100% dos 198 países associados à Organização das Nações Unidas, nenhum apresentará alguma proposta de política pública diferente da fiscalização.

Um desafio enorme para a COP30 posto que há clara dificuldade aos países para aceitar a existência do desmatamento legalizado e maior ainda em acreditar que o estímulo a atividades produtivas mais rentáveis que a pecuária extensiva permitirá alcançar o desmatamento zero.

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Plantio de café em Reserva Extrativista e desmatamento zero da Amazônia

23/03/2025

Extrapolando nos equívocos a reportagem sugeria também que o cultivo de café, uma espécie clonada e estranha ao bioma amazônico, inibiria o desmatamento. Algo inusitado posto que o café foi plantado onde antes havia uma floresta.

Reside nesse ponto, na competitividade da floresta, a razão pela qual as taxas de desmatamento persistem ano após ano na Amazônia.

Borracha deixou de ser um produto para se transformar em apelo social desde início do século atual e a castanha-da-Amazônia, a despeito de ser um produto altamente competitivo, ocorre somente em 20% do território do Acre.

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Inexplicável recorde de queimadas no Acre em janeiro de 2025

16/03/2025

Dezembro e janeiro, quando comparado ao período dos três meses diabólicos das queimadas, em que há bastante floresta derrubada para queimar, seca ou pouca chuva e um calor insuportável (agosto, setembro e outubro) as condições climáticas são ruins para produtores, pequenos e grandes, que insistem na primitiva e nefasta prática agrícola da queimada.

O fato é que no cálculo da média mensal, em janeiro de 2025 no Acre ocorreram 35 queimadas, a maior quantidade em 28 anos mantendo a tendência observada no mês anterior, em dezembro de 2024.

Pode ser que o projeto de governo do agronegócio da pecuária extensiva não seja tão sustentável como faz parecer a comitiva acreana que participa de conferencias sobre mudanças climáticas da ONU.

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Após 10 anos, Acordo de Paris se consolidará na COP30

09/03/2025

Contudo, terminado o século passado e ainda na primeira década do atual, os cientistas divulgaram uma série de estudos analisados pelo painel cientifico da ONU, conhecido por IPCC na sigla em inglês, comprovando e determinando com exatidão considerável as taxas de aumento anual da temperatura.

O sucesso do Acordo de Paris pode ser medido pela excelente estratégia de fazer com que cada um dos 197 países, que aprovaram o pacto, apresentasse metas de maneira voluntária, mas que, uma vez aprovadas na ONU, deveria ser honrada por obrigação até 2030.

Nós brasileiros, por exemplo, nos comprometemos a gerar mais energia elétrica com placas solares, cata-ventos e, por óbvio diante do potencial natural do país, construindo mais usinas hidrelétricas.

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Escola de Samba carioca esquece crise climática em 2025

02/03/2025

Não podemos esquecer que a conferencia das partes sobre mudança climática, ou simplesmente COP30, acontecerá em novembro próximo em Belém, capital do Para.

E que será um momento oportuno para chamar a atenção do mundo para o desmatamento da Amazônia e os avanços das políticas públicas que cobram muito esforço da sociedade para conservar a maior floresta tropical do planeta.

E mais que a escolha de uma cidade amazônica como sede pode atrair investimentos para financiar projetos em bioeconomia e exploração sustentável da floresta, que permitam superar o nefasto e persistente ciclo econômico da pecuária extensiva iniciado nos idos de 1970.

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Concessão Florestal elevará riqueza de Apuí no Amazonas

23/02/2025

Ainda em 2007 a Floresta Nacional do Jamari, em Rondônia, foi a primeira área coberta por florestas nativas na Amazônia a ser leiloada para exploração por uma indústria madeireira legalmente amparada pelo sistema de Concessão Florestal.

Da Floresta Nacional do Jamari em 2007 até a Floresta Nacional de Jatuarana hoje, a economia florestal na Amazônia demonstra potencial para gerar maior riqueza que aquela obtida pelo desmatamento da pecuária extensiva.

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COP 30 já começou

16/02/2025

Em 2015, quando todos os países da ONU, ou melhor, do planeta, assinaram o Acordo de Paris, relatórios seguidos do Painel de Cientistas da ONU, IPCC na sigla em inglês, composto por mais de 3.000 pesquisadores representantes de todos os países membros da ONU, forneceram a comprovação científica para superar o Princípio da Precaução.

Enquanto isso, por aqui os brasileiros e seus representantes políticos, conseguiram aprovar e colocar em prática um arcabouço legal robusto para fomentar a geração de energia elétrica considerada limpa, sem carbono.

Nunca, na história brasileira, se captou tanta energia do sol, dos ventos e da água.

Melhor ainda, mais de 140 usinas hidrelétricas representam quase 70% da energia elétrica distribuída para residências e indústrias.

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Não gostei, ou não entendi Marcel Proust

09/02/2025

Discordando de quase tudo que lemos, antes de encarar as quase impossíveis 2.400 páginas, na maravilhosa Wikipédia sobre Marcel Proust e sua única extensa obra “Em Busca do Tempo Perdido”, não conseguimos puxar uma cadeira para o francês sentar ao lado de um dos maiores da literatura portuguesa o nosso incomparável Machado de Assis.

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