Impressiona a rejeição que a exploração de madeira causa na maioria das pessoas. Não se sabe bem as razões, mas o fato é que derrubar uma árvore para aproveitar a sua mais importante matéria-prima, a madeira, ainda é considerado um sacrilégio para muitos desavisados.

Mesmo aquele que defende a adoção da tecnologia do Manejo Florestal de Uso Múltiplo, como principal solução para manutenção do ecossistema florestal na Amazônia coloca-se na defensiva quando o tema é a inclusão da madeira no uso múltiplo da biodiversidade.

Ocorre que, com uma rápida olhada ao redor, não importando onde se esteja, percebe-se que as coisas que usamos e nos cercam no cotidiano podem ser confeccionadas de alguns poucos materiais elementares. Com muita criatividade, o que felizmente, a humanidade tem de sobra, foi possível se inventar uma série de variados objetos de consumo a partir desses poucos materiais elementares.

A madeira é um dos mais importantes desses materiais sendo um dos mais usados. Em países desenvolvidos, com amplo emprego na construção de casas e em outras obras de construção civil, a madeira possui demanda maior que seus concorrentes diretos: como alumínio e outros metais.

Uma boa parte dessa madeira, a que é usada na construção de casas em outros países é oriunda de florestas plantadas brasileiras. Trata-se de madeira de elevada qualidade, cujas árvores são plantadas para depois serem abatidas para que se possam construir casas.

Não deveria haver rejeição quanto a derrubar florestas que são plantadas para um determinado fim, como construir casas para as pessoas ou confeccionar papel para serem usados nas escolas ou nos banheiros, para higiene pessoal.

Mas há rejeição e, o mais grave, cada vez maior.

Acontece que como a desinformação é sempre maior que os esclarecimentos, o apelo ao sentimento romântico ocasionado pela queda da árvore incute nas pessoas, sobretudo nas mais jovens, opiniões que contradizem a própria racionalidade ecológica vigente. Pensam estar ajudando o meio ambiente quando não é o caso.

Se essa madeira tiver sido explorada de uma floresta nativa da Amazônia, a rejeição cresce exponencialmente. O sentimento romântico se exaspera ao saber que a árvore possui mais de cem anos e que alguns animais se alimentam de suas sementes.

Uma rejeição inoportuna que transfigura o que deveria ser encarado como algo importante para a sustentabilidade ambiental do planeta.

Afinal, se as coisas que estão à nossa disposição e ao nosso redor, das quais não podemos abrir mão, não forem confeccionadas de madeira serão de algum material que não é renovável, ou seja, não pode ser produzido pelo homem.

As alternativas à madeira são intensivas em carbono e são as responsáveis pela crise ecológica que a humanidade atravessa e que coloca em risco o planeta. O elevado uso de petróleo (das garrafas PET e tubos PVC), do alumínio, do aço e do cimento, foi o que levou ao aquecimento global.

Usar madeira é a solução para tudo isso e não mais um problema.

A boa notícia é que a Engenharia Florestal nacional sabe como produzir madeira, quer seja manejando o ecossistema da Amazônia ou as florestas plantadas, em nível de excelência reconhecida mundo afora.

Mas falta informação para acabar com a rejeição às derrubadas de árvores, à motosserra, ao Skider, ao caminhão toureiro …

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