Período de duração: de 1999 a 2006

Contextualização do projeto

Durante mais de trezentos anos de ocupação produtiva da floresta, consolidou-se uma dupla dependência: os extrativistas sobrevivem do recurso florestal, e a floresta sobrevive do extrativista. É o extrativismo, elevado ao patamar tecnológico do manejo florestal de uso múltiplo, a principal alternativa produtiva e, de outra banda, a principal barreira para impedir o avanço do desmatamento sobre a floresta.

Os extrativistas manejam um leque variado de produtos da floresta. Estão incluídos nesse leque os pescados, a fauna silvestre, as resinas, as frutas, as gomas, e assim por diante.

Cada grupo, ou segmento produtivo, decompõe-se em várias categorias, com dinâmica produtiva e realidade de mercado próprias, numa cadeia infindável de possibilidades de empreendimentos que podem se transformar em linhas de financiamento, formando desse modo uma “Carteira de Microcrédito Florestal”.

O potencial de impacto do microcrédito florestal mostra-se impressionante. Trata-se de instrumento de inclusão social, de redução da pobreza e consolidação do desenvolvimento sustentável na Amazônia. Afinal, os beneficiados são populações tradicionais da Amazônia, ou seja, gerações e gerações que, desde o final do século dezenove, vêm mantendo uma relação produtiva com o recurso florestal.

Resumo

A Carteira de Microcrédito Florestal da Andiroba assume duas prioridades:

(a) Possibilitar o acesso dos extrativistas ao crédito, por meio do uso de garantias de relacionamento entre o agente e o tomador do empréstimo; e

(b) Promover uma produção florestal inserida nos ideais de sustentabilidade atualmente preconizados.

O Microcrédito Florestal da Andiroba atinge uma clientela de 7.600 empreendedores, segmentados em extratores de borracha (1.200); coletores de castanha (800); manejadores florestais (2.000); beneficiadores de produtos florestais (1.600); e vendedores de produtos florestais (2.000).

Projeto agraciado nas seguintes premiações:

PRÊMIO FUNDAÇÃO BANCO DO BRASIL DE TECNOLOGIA SOCIAL, edição 2005;

PRÊMIO EMPREENDEDOR SOCIAL – ASHOKA/MCKINSEY, edição 2006;

PRÊMIO ODM BRASIL – OBJETIVOS DO MILÊNIO, edição 2008;

PRÊMIO SAMUEL BENCHIMOL, edição 2014.

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