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Partindo de duas hipóteses: primeira, que a biodiversidade florestal da Amazônia terá maior competitividade no médio prazo que sua substituição pelo cultivo de capim para pecuária extensiva; e segunda, que essa maior competitividade será alcançada por meio da instalação de arranjos produtivos nos moldes de um Cluster de Biodiversidade, o livro apresenta uma saída econômica para elevar o IDH regional ao mesmo tempo em que zera o desmatamento na Amazônia.

Contudo, a organização de aglomerados econômicos, que concentram em determinado território um conjunto diverso de indústrias vinculadas a um mesmo setor da economia, ainda é pouco difundido na Amazônia que patina no modelo de Zona Franca.

Após uma análise exaustiva sobre as limitações da teoria das vantagens comparativas ao custo dos fatores de produção, até o momento empregada na tomada de decisão de investimento produtivo, bem como em relação a perfeita adequação da teoria das vantagens competitivas, que pressupõe a criação e manutenção de competitividade com diferencial produtivo que permite superar outras regiões e países, os autores se esforçam para explicar, com o detalhamento que a disponibilidade de informação permite, de que maneira o Cluster de Biodiversidade poderia ser, tal qual o Vale do Silício americano para o setor de informática, impulsionado por um novo desenho de política pública, estadual e federal, para Amazônia.

Na tentativa de facilitar a leitura, o livro está organizado em duas partes, iniciando com uma análise inovadora do processo de colonização da região, passando pela emergência de uma transformação profunda do modelo atual de ocupação produtiva, que parte do equivocado pressuposto de que a biodiversidade florestal é um problema a ser superado e que trouxe resultados alarmantes diante da taxa anual de degradação ecológica observada em 2022, chegando a uma primeira aproximação de um modelo de Cluster de Biodiversidade.

Por último e na expectativa de contribuir na compreensão sobre a tipificação de produtos e modo de produção compatíveis com o propósito do desmatamento zero, são analisadas experiências produtivas, algumas em andamento outras concluídas, que podem compor o Cluster de Biodiversidade da Amazônia.

Claro que o livro chega ao final carregando, como dizem os produtores, uma ruma de polêmicas, mas para os leitores que desejam sair do lugar comum e olhar a Amazônia por um novo viés, será, no mínimo, uma leitura surpreendente.

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