Embora seja comum na Amazônia experiências envolvendo a biodiversidade florestal e seu manejo por comunidades de produtores, nem sempre é possível fazer com que a produção tenha a perenidade necessária para resistir aos variados entraves do cotidiano produtivo na Amazônia.

Exigências não faltam para travar o uso múltiplo da biodiversidade florestal praticado por comunidades amazônicas. São problemas relacionados às exigências normativas, exageradas e ineficazes, às exigências de qualidade pelo mercado, exigências ambientais, inalcançáveis e incompreensíveis na realidade comunitária e, por fim, exigências trabalhistas impraticáveis.

Sem alternativa o produtor entra no nebuloso e sem volta universo da criação extensiva de boi, praticando uma atividade que para se viabilizar requer uma escala de terra desmatada, que ele no geral não poderá dispor, nem hoje e muito menos no futuro próximo.

O paradoxo se mantém. O produtor amazônida, não consegue transformar a biodiversidade florestal em negócios ao tempo em que investe na pecuária extensiva que depende do desmatamento legalizado e, às vezes, ilegal.

Viabilizar o Manejo Comunitário, para exploração do potencial econômico da biodiversidade florestal é o melhor caminho e a ciência, sobretudo aquela praticada na Amazônia, comprovou isso nos últimos 30 anos.

Uma única certeza: a culpa pelo bloqueio da produção florestal comunitária não está na biodiversidade florestal e, sim, no que acontece fora dela.

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